Segundo a Organização Mundial da saúde, cerca
de 3,3 milhões de pessoas morreram em decorrência do consumo de álcool em 2012,
por causas que variaram desde câncer até a violência provocada pelo seu
consumo. Segundo o relatório, os brasileiros bebem mais que a média mundial,
sendo o consumo médio do brasileiro é de 8,7 litros por pessoa por ano, contra
o consumo mundial para pessoas acima de 15 anos de 6,2 litros por pessoa por
ano, mesmo com a venda proibida para menores de 18 anos em nosso país.
O alcoolismo é considerado uma doença quando a
pessoa torna-se dependente do ato de beber, levando-a a sofrer problemas não só
físicos, mas também sociais e emocionais.
Fisiologicamente, o álcool é metabolizado (quebrados
em partes menores) muito facilmente em nosso corpo, quando bebemos, 25% dele já
vai para o sangue diretamente pela boca, o que explica a facilidade de
capitação por aparelhos de teste de alcoolismo (bafômetro), no fígado 90% das
moléculas de etanol são metabolizadas para facilitar sua eliminação, ele
processa por 1 hora o equivalente a uma lata de cerveja. Acima disso, o etanol
passa a intoxicar o organismo e causa os efeitos nocivos ao corpo, imagine em
grande quantidade, o fígado há horas trabalhando para elimina-lo. O etanol presente
nas bebidas alcoólicas também ataca as células betas do pâncreas, as quais
produzem amilase e lípase, essenciais para quebra de alimentos no nosso
corpo, em casos muito severos, pode levar a pessoa à pancreatite e a diabetes.
No cérebro, ele estimula os neurônios a liberar uma quantidade extra de
serotonina, levando o indivíduo a euforia e desorientação. Mas que fique claro,
o corpo é adaptado a eliminar o etanol, antes de grandes consequências, o
problema é a frequência de consumo e a quantidade.
Vários são os fatores que levam a pessoa a este
vício, como a necessidade orgânica, podendo ser até mesmo hereditária, fatores psicossociais
como fragilidade afetiva, autoafirmação e personalidade. Os primeiros sintomas
do alcoolismo é a tolerância à bebida, onde leva a pessoa cada vez mais à
necessidade de aumentar a dose para sentir seus efeitos como euforia, excitação
e prazer pela bebida. Com o passar do tempo e sua dependência, o indivíduo
começa a ter prejuízos psicomotores, desorientação, estupor, podendo até levar
a pessoa ao coma. As consequências para prejuízo à saúde são inúmeras, como câncer,
hepatite, hipertensão, miocardite, esofagite, cirrose hepática, pancreatite, diabetes
causada pela pancreatite, depressão causada pela falta, deterioração da
personalidade, entre outras. Fora os problemas sociais na família, baixa
produtividade no trabalho, violência, etc.
Mas mantenha a calma, se você bebe de vez em
quando, de forma moderada, não há o que se preocupar, lembre-se, você é
responsável pelos seus atos, quando se tem a informação e as usa para seu bem,
nada tem a temer, aliás, se você conhece alguém com esses sintomas, pode
ajudá-lo. Existem diversas Associações de ajuda mútua, como os Alcoólicos Anônimos
que podem ajudar seu conhecido, e se tratando de doença, em seu convênio médico
ou hospital público ele pode encontrar ajuda para minimizar e até eliminar
esse problema.
Não deixe de beber sua “cervejinha” socialmente
com amigos, apenas lembre-se que nada em excesso na vida faz bem, e se beber,
nem que for o mínimo e for dirigir, leve um amigo que não irá beber, pois, o
primeiro sintoma da bebida é a euforia e a desorientação. Beba com moderação e
se for maior de 18 anos, capaz de responder pelos seus atos.
Saúde a todos!
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